quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

sábado, 14 de dezembro de 2013

SEMINÁRIO INTEGRADOR | Relatos dos projetos sobre pedofilia e homossexualidade

Mais um ano letivo chega ao fim. Assim, terminam as atividades do Seminário Integrador, disciplina instituída pelo novo Ensino Médio. Ano que vem, terei duas turmas de tal componente curricular (201 e 301), já que duas outras professoras, literalmente, tiraram-me a 101 e 102.

Para encerrar as postagens deste blog este ano, seguem os relatos de dois alunos da atual turma 101. Eles contam como foi fazer o projeto do 3º trimestre, o qual teve como tema geral saúde. Ficaram bem legais.

"Este projeto de pesquisa, realizado nas aulas de Seminário Integrador, juntamente com o professor Márnei Consul, possibilitou-me um grande conhecimento sobre este grande mal da sociedade.

Possibilitou-me conhecer, por exemplo, o tratamento para a pedofilia, que é considerada um distúrbio mental do grupo das parafilias, que são anseios, fantasias ou comportamentos sexuais recorrentes e intensos que acabam por ser muito prejudiciais tanto para o indivíduo quanto para todos os outros envolvidos.

Com ele, tomei conhecimento do ponto de vista jurídico da pedofilia. A mesma acaba sendo considerada crime, porém o termo “pedofilia” não é usado nos tribunais, mas sim o “abuso sexual contra crianças”, que é o que o Estatuto da Criança e do Adolescente aborda. Ao julgar um caso de pedofilia, o juiz leva em consideração fatores como, por exemplo, se o individuo pedófilo estava ciente dos seus atos ou estava tomado pelo distúrbio mental em questão.

Ao entrevistar um dos conselheiros tutelares de nossa cidade, pude conhecer, também, os métodos e procedimento cabíveis a este ato pelos que prezam pelo bem estar de nossa população. Pude conhecer o funcionamento do Disque-Denúncia, que vem a ser uma ligação anônima que, discando o número 100, é encaminha à central de Brasília, de onde enviam para o local da denúncia. No caso de pedofilia, a denúncia chega até o Conselho Tutelar da cidade, que toma as devidas providências em relação a este ato hediondo.

Após o término deste trabalho, pudemos confirmar que, sim, há pedofilia em Santo Antônio da Patrulha, mas, felizmente, não em um número relevante."

Relato do aluno Mateus Santos de Carvalho (101)

"O projeto de pesquisa feito nas aulas de Seminário Integrador, juntamente com o professor Márnei Consul, possibilitou-me um grande conhecimento sobre as diferenças e opiniões da religião e da ciência sobre a homossexualidade.

Possibilitou-me conhecer, por exemplo, que a homossexualidade é colocada como consequência de uma variação genética, e não como uma opção ou estilo de vida e que, desde sempre, a homossexualidade existe e que, nas civilizações antigas, muitos nobres tinham práticas homossexuais.

Com ele, tomei conhecimento do ponto de vista da religião católica que declara que os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados, contrários à lei natural da vida e, em caso nenhum, podem ser aprovados. Pude conhecer que, segundo a ciência, mais de 400 mamíferos apresentam algum comportamento homossexual, isso não é exclusividade dos seres humanos.

O fato que determina se a pessoa será homossexual é definido no período de gestação, após 4 a 8 semanas de gestação, a mãe libera um hormônio sexual no embrião e se, durante essas semanas, a mãe tiver alguma situação de estresse, ela acabará dando hormônios contrários para o bebê, fazendo com que a criança sinta os efeitos a partir dos 10 anos de idade.

Ao entrevistar o pastor evangélico Zaqueu Rocha, pude ter conhecimento de que ele, apesar de estar ciente que homossexualidade é orientação, fala que é uma opção e que, pela ótica bíblica, é abominação aos princípios divinos em relação à família, mas, segundo ele, Deus ama, sim, os homossexuais. Pude conhecer, também, a opinião de outra entrevistada, Débora Fonseca, professora de Biologia, que fala que os homossexuais estão sendo mais aceitos, pois a população está mais informada, é menos preconceituosa e que cada indivíduo tem o direito de fazer suas próprias escolhas.

Após o término do trabalho, podemos dizer que não há uma opinião definitiva sobre a homossexualidade, afinal, esse é um dos temas mais polêmicos na área da saúde."

Relato da aluna Tainá Santos da Silva (102)