quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

GREGÓRIA | Contos escritos pelos alunos

Abaixo, estão alguns contos escritos por alunos meus das turmas 102, 201 e 202 neste último trimestre de 2011. O desafio era que a turma 102 fizesse estórias com características encontradas no movimento literário Barroco. Já as turmas 201 e 202 deveriam observar as características do Realismo. A meu ver, o resultado foi legal. Apreciem!

Com isso, encerro as atividades deste blog neste ano. Volto a postar em 2012 agora. Tenham todas um ótimo Natal!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

GREGÓRIA | Adultério

Abner é um senhor que vive sozinho, rodeado de pensamentos um tanto quanto estranhos. Ele possui um distúrbio psicológico, vendo e conversando com pessoas que existiram no seu passado e que hoje não estão mais presentes em terra. Às vezes, até dando surtos de loucura, tentando mesmo se suicidar e assassinar pessoas próximas dele, influenciado por espíritos que tem em sua mente. Mas deixando de lado o distúrbio, a vida se torna uma beleza...

Por ter um passado muito difícil, Abner hoje possui uma imagem negativa do mundo em sua mente, criticando muito o avanço tecnológico que vem havendo, não gostando nada desta grande evolução no ramo da medicina; evolução esta que poderia ajudar o seu tratamento psicológico.

O fato de ser sozinho fez com que ele procurasse diversão em casas noturnas; gastando todo o seu dinheiro com mulheres da vida, ele apenas as procura para satisfazer seus desejos sexuais e, quando acaba seu dinheiro, volta para casa, e até que consiga dinheiro novamente, ele fica rodeado por seus espíritos. É assim que Abner vem levando a vida há mais de 30 anos, desde quando perdeu sua família em um acidente trágico.

Conto escrito pelos alunos Lucas e Rafael da turma 201

GREGÓRIA | O amor não mede fronteiras

Estudavam em uma escola Vitor e Geovana. Ela era uma menina rica, de família nobre, e vitor era um menino pobre, de família bem humilde. Eles, apesar da pouca idade, já sentiam um amor muito forte, capaz de superar qualquer barreira. Os dois sabiam que jamais a família de Geovana aceitaria o namoro dos dois, pois queriam para sua filha um namorado de família nobre.

Mesmo assim, eles seguiram em frente e, cada vez mais, aumentava o amor um pelo o outro; eles faziam passeios românticos a cavalo, iam aos bosques e faziam juras de amor eterno.

Até que um dia, um dos capatazes do pai de Geovana passava por uma praça, quando avistou os dois se beijando. Então, ele falou ao pai de Geovana, o coronel Augusto. O coronel ficou enfurecido e foi até á praça onde avistou sua filha com Vitor. Com muita fúria, arrancou Geovana dos braços de Vitor e a levou embora à força. Chegando em casa, ele falou que eles nunca mais iriam se ver, pois Geovana não era menina para Vitor.

Ele resolveu mandá-la morar com sua avó na Holanda, para mantê-la longe de Vitor. Então, começou o sofrimento...

Vitor ficou sabendo por uma amiga que Geovana tinha ido embora e não ia mais voltar. Assim ele se isolou do mundo; para ele, tudo era tristeza e solidão; para ele, nada mais importava já que não iria mais ver sua amada, nem sabia onde ela estava.

Geovana ficou muito desorientada sem Vitor e queria por todo o custo ele ao lado dela; ela não gostava da nova cidade e estava muito rebelde.

Os anos passaram, e eles não se esqueciam um do outro, até que Geovana juntou um dinheiro e voltou para a sua cidade à procura de Vitor. Chegando na cidade, ela não encontrou onde era a antiga casa dele, então, ela foi ao lugar onde eles, quando adolescentes, juraram amor eterno e lá avistou um belo rapaz que estava de cabeça baixa. Chegou perto e viu que era Vitor, que agora era um lindo homem. Eles se beijaram e se abraçaram. Casaram, tiveram filhos e foram muito felizes. O que prova que, quando o amor é verdadeiro, nem o tempo, nem a distancia destrói.

Conto escrito pelas alunas Pâmela, Patrícia e Tainá da turma 102

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

GREGÓRIA | Lembranças

Esta sou eu, deitada numa cama, adoentada e sem qualquer expectativa de melhorar. Acredito que seja um bom momento para contar minhas memórias. Alguém vai se interessar por ler? Dificilmente. Não tenho falsas esperanças. Mas me acalma poder fazer alguma coisa, por mais inútil e sem qualquer fundamento que pareça ser.

Então, o que devo falar sobre mim? Nasci no Rio de Janeiro, num bairro pobre e sem qualquer expectativa sobre minha vida. As pessoas me falavam que eu iria casar com um senhor que poderia ao menos me sustentar e que eu teria uma vida simples, mas agradável. Foi exatamente o que aconteceu.

Minha história não é das mais alegres, mas diga-me: hoje alguém tem uma história feliz? Dediquei minha vida a cuidar de meus filhos, que depois de um tempo sumiram atrás de alguma oferta duvidosa de dinheiro.

Mas tive bons momentos também, não sou uma pessoa tão amargurada quanto aparento. Um dia, há muito tempo, conheci o homem de meus sonhos. Deixe-me contar-lhe mais detalhadamente.

Era ainda uma moça e estava cheia de esperanças. Passeava pela praça quando o vi. Não lembro hoje mais como parecia, mas lembro que era exatamente como tinha sonhado. Fui falar com ele, sem qualquer escrúpulo.

Que pensava eu, ao ir falar tão ingenuamente com aquele homem? Ainda acreditava nas belezas do amor. Ele não apenas me ignorou como deixou bem claro que nunca trocaria uma palavra ou olhar comigo. Aquela foi a primeira e também a última vez que me apaixonei por alguém. Depois daquilo nada mais valia a pena, aquele homem tinha acabado com todas as ilusões que um dia tive.

Lembro que, naquele tempo, questionava a mim mesma constantemente: “Não devo ter nascido para isso, para uma vida tão pacata e comum como essa”. A verdade é que meu sonho sempre foi viajar, conhecer o mundo e as belezas do velho mundo, depois do oceano. Mas que se há de fazer? Esta foi a vida que me foi dada e, se por um acaso tentasse me desfazer dela, menos ainda conseguiria.

É triste e difícil lembrar de tudo isso, agora com essa idade. Tudo passou tão rapidamente, e a maioria daquelas pessoas, que se disseram tão importantes em minha vida, se foram também. Talvez, seja minha hora.

Sinto-me tão cansada agora, depois de contar todas essas coisas. Talvez, seja melhor descansar. Para sempre.

Conto escrito pelas alunas Betina, Brenda e Victória da turma 202

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

GREGÓRIA | Morto?

Joaquim, um senhor de meia idade, passava todos os dias em frente ao túmulo 101, para ir ao trabalho, sempre a se perguntar quem seria o dono do tal túmulo.

Certo dia, Joaquim, na volta do trabalho, foi parado por um velho de boa aparência, vestindo um terno preto. Joaquim, como era um homem de bom coração, parou e conversou com o velhinho; ao perceber que o velho se dirigia para perto do túmulo 101, Joaquim comparou a foto com ele e viu que ambos eram iguais. Joaquim, então, saiu correndo, mesmo que seu coração dissesse para permanecer.

No dia seguinte, Joaquim encontrou novamente o velho, que acabou explicando que era irmão gêmeo do dono do túmulo 101. Ao se despedir de Joaquim, o velho o entregou um anel e disse que pertencia a seu irmão, que era muito valioso, que era para ajudar Joaquim a ter uma vida melhor e desapareceu na neblina da noite.

Joaquim, ao chegar a sua casa, mostrou o presente à esposa e explicou toda a história. Ela, por sua vez, achou que o marido estava enlouquecendo, pois o homem do túmulo 101 era sozinho na vida, muito ganancioso e filho único...

Conto escrito pelas alunas Ana Carolina, Dieine e Karla da turma 201

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

GREGÓRIA | Luz dos olhos teus

Augusto Fonseca, advogado crítico, 25 anos, estava sentado em sua sala no Recife lendo uma manchete do jornal Diário Novo: “Brasil, o principal produtor de café? Quem ‘Pedrinho de Alcântara’ pensa que é?”

Nesse momento, entra Feliz, um amigo bem calmo de Augusto: “O que é, Dr. Fonseca, que estás reclamando da vida? Se é sobre o Imperador, nem me fales. Tenho um convite a lhe fazer: vamos ao sítio de Fernandes hoje à tarde, e você conhecerá Leonor, irmã dele, você irá amar. Aceita? Claro que aceita!” Com um pouco de insistência, Augusto aceitou.

À tarde, ambos se encontram e partiram para o sítio de Fernandes. Foi uma surpresa para Fernandes encontrá-los em plena sexta-feira. Fernandes também lhes apresentou Leonor, por quem, instantaneamente, Augusto se apaixonou.

- Essa é a minha irmã Leonor, um doce. Mas onde está Isabel, a pobre escrava, para servir-nos um café? Ah, você está aí! Pode servir um café, vá vá...

Quando os olhos de Augusto se encontram com os de Isabel, ele sente que seu amor era para ela e não para Leonor. “Quem é essa linda mulata? Isabel, luz dos olhos teus...” No momento certo, tudo aconteceu, e Augusto consegue se aproximar de Isabel, quando os três vão ver quem estava chegando no sítio. Os dois conversam bastante, e Augusto diz a ela que esta apaixonado.

- Meu senhor, isso é até uma desonra para um homem como você!

Augusto não se importa e não conta nada para ninguém e, no outro dia de manhã, vai à Igreja falar com o padre Amaro, pedir-lhe ajuda para conseguir libertar seu amor, vendo seu pedido negado, Augusto sai furioso: “Seu excessivo religioso! Não sei de onde vocês tiraram essas ‘leizinhas’ idiotas!”

Nessa manhã, Leonor foi até o padre Amaro “confessar seus pecados” e, acidentalmente, o padre conta a ela o caso de amor de Augusto e Isabel, e ela fica furiosa: ela estava apaixonada por Augusto. Então, teve uma idéia: matar a pobre escrava Isabel.

Chegando em casa, Leonor encontra-se a sós com a escrava e, armada com uma faca, vai matá-la: “Isabel, eu nunca tinha pensado que iria fazer algo assim.Você provocou, a sua beleza é a culpada. Diga adeus, diga adeus ao mundo, diga adeus ao seu amor, Augusto!”

Depois de enfiar uma faca no coração de Isabel, Leonor vai ao pátio e abre um buraco onde joga o corpo da escrava e depois fecha-o. A morte de escrava foi investigada por muito tempo pela família, pois, mesmo escrava, era muito amada. Augusto chorou muito por Isabel e nunca descobriu como e porque a escrava sumiu sem deixar marcas...

Conto escrito pelas alunas Ana Paula, Débora, Maquieli e Mariana da turma 201

domingo, 4 de dezembro de 2011

GREGÓRIA | O recomeço

Era uma jovem de 20 anos que vivia sozinha, numa casa grande, onde havia uma árvore com camélias há muitos anos. Seus pais viviam em outra cidade. Vivia uma vida de solidão, isolamento e tristeza por ser viúva tão jovem.

Seu nome era Isabel, mas era conhecida como a “Viúva das Camélias”. Seu marido desapareceu misteriosamente em um combate numa guerra. Convivia num conflito, sem saber o que teria realmente acontecido com seu marido, se ele estava morto, perdido ou teria a abandonado.

No meio dessa insegurança e incerteza, o único caminho que a ela restava era a morte, tendo várias vezes tentado seu suicídio. Isabel tinha perdido a vontade de viver.

O padre da cidade que conhecia a jovem, comovido com a situação e querendo ajudá-la a esquecer tanto sofrimento, convidou-a para ser voluntária no orfanato que ele cuidava e que precisava de recursos. Isabel aceitou o convite do padre e contribuiu com uma grande quantia em dinheiro para reformas no orfanato. Tornou-se uma grande voluntária, ajudava na cozinha, organizava campanhas de doação de roupas e passava o dia cuidando dos órfãos.

Em certo dia, ao chegar no orfanato, Isabel percebeu muitas pessoas na porta da igreja e ouviu a notícia de que o padre tinha sido preso, por ter sido a favor da Reforma Religiosa. O padre ficava do lado dos pobres e teria construído a igrejinha na cidade, não obedecia às leias que eram colocadas a ele.

Isabel resolveu, juntamente com um médico, que também era voluntário, assumir o orfanato. A casa onde Isabel morava foi reformada e se tornou uma biblioteca para crianças, a árvore de Camélias morreu e deu espaço a uma horta que as crianças cuidavam. Isabel se dedicou aos órfãos com seu amor, até o fim da vida.

Conto escrito pela alunas Letícia e Lidiane da turma 102

GREGÓRIA | Pobres do Sul

Em uma cidade pequena do sul brasileiro, no final do século XX, morava um casal muito pobre, Pedro e Maria. Logo no início do casamento, Maria engravidou e teve a menina Olívia. Dois anos mais tarde, o casal teve Alice.

Algum tempo depois, Pedro ficou doente e não pôde mais ajudar no sustento da família. Maria arrumou um emprego como empregada doméstica na casa de uma família. Além de ganhar pouco, levava para casa as migalhas de comida que sobravam da casa onde trabalhava, para as meninas comerem. Mas Maria e Pedro nem isso comiam, pois o pouco que tinham davam às filhas. Em um dia em que Maria recebeu de sua patroa, ela comprou um pacote de farinha de milho e fez um cuscuz; mas aquela comida durou só um dia. No dia seguinte, as meninas,com muita fome, começaram a comer as bolinhas de cuscuz torradas que caíram no fogão.

Viviam em uma casa velha de madeira muito pequena, de tamanho 3X5. No quarto, somente uma cama de solteiro, onde o casal dormia totalmente esmagado. As pobres das meninas nem cama tinham. Dormiam no chão da sala-cozinha com cobertores apenas, pois colchão não tinham. Quando chovia, elas colocavam sua cama de cobertores debaixo da mesa para não se molharem. A casa onde essa família vivia era tão velha que, certa vez em que deu um temporal, eles tiveram que segurar as paredes para elas não voarem com o vento.

A família era tão pobre que não tinha fogão. Para cozinhar os alimentos, quando tinham, eles improvisaram um fogão à lenha debaixo de uma árvore. O fogão era feito com uma chapa de fogão à lenha que Pedro havia ganhado de seu pai, seu José, em cima de pequenas torres de tijolos.

Eles não tinham roupas. As meninas, por exemplo, para irem à igreja, como faziam nos finais de semana, lavavam suas saias e meias de bolinhas, que haviam ganhado de sua avó Lúcia. As poucas roupas que tinham já estavam velhas e desgastadas.

Mas nem sempre foi essa pobreza toda. Antes de se casar com Maria, Pedro era muito rico, tinha muitas terras, mas perdeu tudo por causa de um empréstimo que fez com um vizinho. Mas Pedro continuara a morar em suas terras, ou seja, no pequeno pedaço que lhe sobrara para viver e que seu vizinho também queria lhe tomar.

Felizmente, a pobre família conseguiu evoluir economicamente. Pedro colocou seu vizinho na justiça e conseguiu suas terras de volta. A família decidiu guardar o passado no passado e viver o presente. Decidiram esquecer o passado cheio de tristezas e viver o presente cheio de alegrias, porque toda aquela tristeza não significava mais nada, e era só mais uma história triste perdida no meio de muitas outras.

Conto escrito pelas alunas Aline, Silvani, Suzani e Tainá da turma 201

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

GREGÓRIA | Outra chance

Havia um homem muito rico, tinha muitos bens e uma grande fazenda. Tinha ele um único filho, um único herdeiro que, ao contrário do pai, não gostava de trabalhar, nem de compromissos. O que ele mais gostava era de fazer festa e estar com seus amigos; seu pai sempre dizia que seus amigos só estavam ao seu lado enquanto ele tivesse dinheiro, depois, o abandonariam, mais o filho nunca dava ouvidos ao pai.

Seu pai era muito religioso, sempre ia à igreja, ia às missas sempre para agradecer por tudo que tinha e rezar por seu filho, pois ele se preocupava muito com sua morte e como o filho ficaria, pois já estava velho.

Um dia, o velho pai, já avançado na idade, disse aos seus empregados para construírem um pequeno celeiro e, dentro do celeiro, fez uma forca junto a ele; colocou uma placa que dizia: “Para você nunca mais desprezar as palavras de seu pai”.

Mais tarde, chamou o filho e o levou até o celeiro, dizendo: “Meu filho, eu já estou velho e, quando eu partir, você vai tomar conta de tudo que é meu, e sei como será seu futuro, você vai colocar a fazenda nas mãos dos empregados e irá gastar todo o dinheiro com seus amigos, irá vender os amimais e os bens materiais para se sustentar e, quando não tiver mais dinheiro, vão se afastar de você e, quando você não tiver mais dinheiro, vai se arrepender amargamente de não ter me dado ouvidos e, por isso, eu construí essa forca. Sim, meu filho, ela é para você e queria que você me prometesse se acontecer o que eu disse você se enforcará nela”. O jovem riu, achou um absurdo, mas para não contrariar o pai, prometeu e pensou que jamais isso poderia acontecer.

O tempo passou, o pai morreu. E seu filho tomou conta de tudo, e assim como seu pai havia dito, o jovem gastou tudo, vendeu os bens materiais, perdeu os amigos. Desesperado, começou a refletir sobre sua vida, viu que havia sido dele e lembrou-se do pai: “Se eu tivesse ouvido seus conselhos, mas agora é tarde demais”. Então, ele levantou os olhos e avistou o pequeno celeiro, a única coisa que lhe restou; foi ate lá e, entrando, viu a forca e a placa empurrada e disse: “Eu nunca segui as palavras de meu pai, não pude alegrar enquanto ele estava vivo, mas pelo menos desta vez eu vou fazer a vontade de meu pai, eu vou cumprir a minha promessa. Afinal de contas, não me resta mais nada”. Ele subiu os degraus, colocou a corda no pescoço e disse: “Ah! Se eu tivesse outra chance, seria diferente!” e pulou.

Sentiu por um instante a corda apertando sua garganta, mas a forca se quebrou facilmente, o rapaz caiu no chão e sobre ele caíram jóias, esmeraldas, pérolas e diamantes. A forca se quebrou e estava cheia de pedras preciosas. Junto, um bilhete que dizia: “Meu filho, eu lhe amo muito, essa é sua nova chance. Com carinho, seu pai”.

Conto escrito pelos alunos Fabrício, Tiago, Thaís e Alana da turma 102