quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

GREGÓRIA | Outra chance

Havia um homem muito rico, tinha muitos bens e uma grande fazenda. Tinha ele um único filho, um único herdeiro que, ao contrário do pai, não gostava de trabalhar, nem de compromissos. O que ele mais gostava era de fazer festa e estar com seus amigos; seu pai sempre dizia que seus amigos só estavam ao seu lado enquanto ele tivesse dinheiro, depois, o abandonariam, mais o filho nunca dava ouvidos ao pai.

Seu pai era muito religioso, sempre ia à igreja, ia às missas sempre para agradecer por tudo que tinha e rezar por seu filho, pois ele se preocupava muito com sua morte e como o filho ficaria, pois já estava velho.

Um dia, o velho pai, já avançado na idade, disse aos seus empregados para construírem um pequeno celeiro e, dentro do celeiro, fez uma forca junto a ele; colocou uma placa que dizia: “Para você nunca mais desprezar as palavras de seu pai”.

Mais tarde, chamou o filho e o levou até o celeiro, dizendo: “Meu filho, eu já estou velho e, quando eu partir, você vai tomar conta de tudo que é meu, e sei como será seu futuro, você vai colocar a fazenda nas mãos dos empregados e irá gastar todo o dinheiro com seus amigos, irá vender os amimais e os bens materiais para se sustentar e, quando não tiver mais dinheiro, vão se afastar de você e, quando você não tiver mais dinheiro, vai se arrepender amargamente de não ter me dado ouvidos e, por isso, eu construí essa forca. Sim, meu filho, ela é para você e queria que você me prometesse se acontecer o que eu disse você se enforcará nela”. O jovem riu, achou um absurdo, mas para não contrariar o pai, prometeu e pensou que jamais isso poderia acontecer.

O tempo passou, o pai morreu. E seu filho tomou conta de tudo, e assim como seu pai havia dito, o jovem gastou tudo, vendeu os bens materiais, perdeu os amigos. Desesperado, começou a refletir sobre sua vida, viu que havia sido dele e lembrou-se do pai: “Se eu tivesse ouvido seus conselhos, mas agora é tarde demais”. Então, ele levantou os olhos e avistou o pequeno celeiro, a única coisa que lhe restou; foi ate lá e, entrando, viu a forca e a placa empurrada e disse: “Eu nunca segui as palavras de meu pai, não pude alegrar enquanto ele estava vivo, mas pelo menos desta vez eu vou fazer a vontade de meu pai, eu vou cumprir a minha promessa. Afinal de contas, não me resta mais nada”. Ele subiu os degraus, colocou a corda no pescoço e disse: “Ah! Se eu tivesse outra chance, seria diferente!” e pulou.

Sentiu por um instante a corda apertando sua garganta, mas a forca se quebrou facilmente, o rapaz caiu no chão e sobre ele caíram jóias, esmeraldas, pérolas e diamantes. A forca se quebrou e estava cheia de pedras preciosas. Junto, um bilhete que dizia: “Meu filho, eu lhe amo muito, essa é sua nova chance. Com carinho, seu pai”.

Conto escrito pelos alunos Fabrício, Tiago, Thaís e Alana da turma 102

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